terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Balanço do governo: mais falácia (alguém esperava outra coisa?)

*Também assina esse post, Evandro de Souza, que cumpriu a sua heróica missão de se fazer presente à Câmara Municipal nesta manhã e ouvir tanta conversa fiada.

Nos bastidores da política, em especifico a Câmara Municipal de Uberaba, o prefeito Anderson Adauto superou sua performance como mentiroso. De aparência serena e tranqüila, sob uma mascara de bom moço, fez uma prestação de contas destes três anos de governo e seus 75% de execução do plano de governo, elaborado e prometido em campanha eleitoral de 2004.

Mesmo com uma platéia desatenta e dispersa, ele, nosso ator mambembe, falou das obras e dos dados levantados, que jamais poderão ser desmentidos, pois, os números não metem, segundo ele. Em uma apologia relevante e convincente, inerente a todos os políticos que pedem perdão ao povo em ano eleitoral.
Em se tratando de números, estes por serem exatos, já nos mostram uma verdade, ou seja, dois mais dois são quatro, (2+2=4). Então, se tenho dois reais e ganho mais dois, terá quatro reais. E se eu, levar mais dois por fora, terei então, seis reais. mas, se eu não declarar os dois, continuarei tendo os quatros. Simples assim. Números não mentem, mas podem ser desvirtuados para contar uma mentira.

Vamos ao óbvio, que muitas vezes deve ser explicado. Nosso artista, apresentou dados da saúde dizendo que aumentou os atendimentos e os números de médicos e servidores, isso em relação á administração anterior. Quem não se lembra do fechamento do Pronto Socorro do Hospital Escola da UFTM, em 2001, em seu maior colapso da saúde? Pois bem, em 2003, foi feito um ajuste de conduta entre o Ministério Publico, Prefeitura e a UFTM, onde este ultimo, só iria atender urgência e emergência, ou seja, média e alta complexidade, e o município assumiria sua responsabilidade em prestar atendimentos primários, que seria, ambulatorial, pequenas cirurgias e consultas específicas. Ora, não foi por promover uma saúde de qualidade que teve um índice tão alto, foi por força de lei. Sem contar da pactuação entre o Município e a UFTM, que em muito, ele, não vem cumprindo. Isso não foi dito. O fechamento de postos de saúde então? Omitiu também, claro. E por último, mas não menos importante, quem não se lembra da epidemia de dengue, já comentada por nós, quando o secretário de saúde era Alaor Carlos?

Outra falácia que chega a ser cômica, é dizer que ele foi quem transformou a Faculdade de Medicina na Universidade Federal do Triangulo Mineiro, e ainda, dramatiza dizendo, que os filhos dos operários, ou assalariados, poderão pleitear uma vaga federal. Não conhece a realidade brasileira, é claro.

Fez um parêntese para dizer do CESUBE (devido à nossa presença) acreditando que arrancaria palmas. Reafirmou que o contrato entre a prefeitura e o CESUBE, foi cumprido em seu governo, onde manteve em dia os repasses, que este contrato foi firmado na administração anterior, e que cumpriu só dois anos, e ele três. Mas, que esta instituição deveria fazer parcerias para ter uma vida financeira independente. E que quer debater este assunto na audiência publica.

Escondeu da platéia, o compromisso feito com os alunos e professores e referendado em seu plano de governo, de que, manteria os repasses em dia, e que aumentaria a verba para a instituição. E já que ele gosta tanto de números, foi durante 2005, quando o Diretor da FUMESU era escolhido pelo prefeito, ele fez questão de "manipular" os números para alegar a inviabilidade do CESUBE, afirmação esta que foi desmentida por uma auditoria.

Trago aqui, alguns pontos que podem ser contestados facilmente desta administração, uma vez que não foi feita uma pesquisa de satisfação com a população, para saber de fato do que os cidadãos pensam. Não desmerecendo os artistas, que usam maquiagem para incorporar um personagem em uma inversão da realidade, criando a fantasia e a ilusão, comparo o prefeito Anderson Adauto como um ator político. Não podemos esquecer que ele responde por processo de corrupção, que seus atos já demonstraram ser imorais. A sociedade não pode ficar alheia a estes fatos.

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