sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Para entender a FUMESU e o CESUBE

A imprensa de todo o Brasil divulgou esta semana o fechamento do Museu dos Dinossauros e o Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, localizados em Peirópolis. Segundo a imprensa nacional (assim como a local), o fechamento aconteceu na segunda-feira, após o término de um convênio, no valor de R$ 58.300, entre a prefeitura de Uberaba e a Fundação Municipal de Ensino Superior de Uberaba (Fumesu), mantenedora do CESUBE e do Museu. Diz ainda que foi discutida a transferência da estrutura da mesma para a Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Para quem é de fora, uma breve explicação institucional sobre a FUMESU. Esta foi criada na década de 80 na gestão do prefeito Wagner do Nascimento para atender principalmente uma demanda da cidade que precisava formar educadores. Foi então criada em 1995, a Faculdade de Educação de Uberaba (FEU), mantida pela FUMESU, oferecendo cursos de qualidade a preço acessível para boa parte da população. Em seguida foi criada a Faculdade de Engenharia do Triângulo Mineiro (FETM) para suprir a necessidade de profissionais da área de infra-estrutura, já que aqui na cidade não existia mais o curso de Engenharia Civil na Uniube. As duas faculdades se transformaram em Centro de Ensino Superior de Uberaba (CESUBE), com o intuito de fazer as faculdade mantidas pela FUMESU crescerem e terem um caráter comunitário. Em 2001, a prefeitura municipal de Uberaba entregou a estrutura do Museu dos Dinossauros e Centro de Pesquisas, que antes pertencia à Fundação Cultural, à FUMESU. Quando Anderson Adauto (PMDB) assumiu o poder em Uberaba, logo alegou que havia "suspeitas" de má administração e pensou em fechar o CESUBE por 6 meses em 2005. Alguns de seus acessores, vasculharam documentos lá e fizeram várias acusações aos dirigentes anteriores. Foi então que os estudantes fizeram várias manifestações e exigiram uma auditoria independente e que as aulas começassem no dia previsto. Isto foi conseguido e a auditoria comprovou o que nós dizíamos: não só não havia irregularidade nenhuma, como a instituição era totalmente viável. Mesmo assim, integrantes da prefeitura municipal desde aquela época até hoje, criando factóides e leviandades a respeito da instituição, especialmente em períodos de vestibular e matrículas.

Voltando ao release, fica claro alguns equívocos, inclusive o mais grave deles: faltou vontade política do prefeito. Na verdade, este convênio é apenas um trâmite burocrático para o repasse. O que importa, é que existe uma LEI que obriga o repasse de verba para a FUMESU. O fim do convênio, divulgado na imprensa por Anderson Adauto, "coincidentemente" na véspera do vestibular do CESUBE, foi simplesmente para inviabilizar a instituição. Os vereadores não só APROVARAM para o orçamento de 2008, um repasse de mais de R$ 700mil, como também os vereadores Itamar Ribeiro (DEM), Marilda Ribeiro (PT) e Paulo Pires (PSDB) contemplaram a FUMESU com emendas. No entanto, nada foi feito pelos vereadores para que este orçamento seja cumprido, ainda que eles tenham poder para isso.

4 comentários:

Anônimo disse...

É importante a divulgação de atitudes como essas na mídia.Fiquei feliz ao ler o Jonal de Uberaba e ver as reportagens aonde o Gabriel e Evandro buscam mobilizar os estudantes e ex-estudantes para se oporem a atual situação do CESUBEe contra o fechamento do Museu dos Dinossauros, um dos mais importantes do estado e do país.
É invejável o caráter público dos dois.Espero que consigam agregar muitas pessoas nessa luta e que obtenham êxito.Estão de parabéns.

Unknown disse...

Nós alunos e ex alunos de CESUBE temos a obrigação de colocar a boca no mundo.
Todos nós sabemos a omportancia que esta instituição tem para as nossas vidas.
Uma instuição formadora de cidadãos, educadores, de formadores de opinião de grande importância para a comunidade, pois deu e dá oportunidades aos mais carentes para almejar uma faculdade.
Neste ano eleitoral temos uma grande arma em mãos, empunhar o voto e lutar contra o autoritarismo queimera em nossa cidade.

Unknown disse...

Nao vamo deixa que isso aconteça com a faculdade jamais, vamo pra rua se for preciso, defender um direito nosso e que a gnete paga, e que o prefeito tinha obrigação de ajudar era o minimo que ele podia fazer! meu apoio ta dado!

Raysa Barbosa disse...

A população uberabense não pode ficar alheia à esse tipo de atitude totalitária e que não visa o bem estar social e estudantil. Por isso é importante que o assunto seja discutido e esclarecido, como faz o post, muito bom por sinal.