No primeiro ano do governo AA, foi feita uma conferência da juventude, que teve ampla divulgação, inclusive com inserções na TV. Naquela época, a intenção era criar um cargo de assessor. Mas a conferência foi um fracasso e vários pontos foram questionados. Tanto é que nada foi feito e o cargo não foi criado, pois não havia legitimidade política das pessoas que estavam a frente do projeto, ligadas ao PCdoB.
Hoje está acontecendo no Centro Administrativo uma conferência da juventude. Ao contrário da conferência de 2005, a única coisa que encontrei na imprensa foi uma pequena nota na coluna da Gislene Martins no Jornal da Manhã, onde ela diz que na articulação do evento está (para variar) o PCdoB, "através dos puplios do presidente Zuzu". A intenção desta conferência é tirar delegados para a conferência estadual.
Eis que na última hora, a oposição "descobre" que a conferência está sendo realizada e resolve se organizar de última hora. Perda de tempo. Dar legitimidade a eventos como esse só faz com que burocratas continuem se perpetuando no aparelhamento que tenta manipular jovens, muitas vezes bem intencionados, a se sujeitarem a fazer o papel de inocentes úteis.
É engraçado como as juventudes partidárias aparecem mais em ano eleitoral. Às vezes é mais fácil culpar os políticos, que fazem deles mão-de-obra barata, mas o jovem também não tem demonstrado vontade de lutar de forma independente, aguerrida e acima de tudo, inteligente . A juventude deveria se valorizar e ter um papel definido. Escolher um modelo de sociedade e lutar por ele não é fácil. Mas é mais gratificante que ficar à sombra de gente sem caráter e que usa a política para favorecer pequenos grupos, vendendo ideologia barata.
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